quinta-feira, 17 de março de 2011

VERDADES E MITOS DA HISTÓRIA


O domingo sempre foi dia de descanso. FALSO


De acordo com a Bíblia, Deus declarou que descansaria no sétimo dia da semana. Com o advento do cristianismo, o repouso dominical se tornou uma tradição de séculos, certo? Errado!





No século XVIII, os filósofos iluministas chegaram a desenvolver toda uma argumentação para enaltecer as vantagens do trabalho aos domingos. De acordo com o artigo que a célebre Enciclopédia dedicou ao dia, determinada comunidade se beneficia quando suas atividades econômicas não são interrompidas no “dia do Senhor”. Anos mais tarde, durante a Revolução Francesa, o tradicional calendário gregoriano foi suprimido e substituído por um novo, que instituiu a semana de dez dias e, seguindo a política de erradicação de qualquer referência religiosa, eliminou o domingo. O antigo calendário foi restabelecido somente em 1806, sob o governo de Napoleão.

Uma das primeiras tentativas de imposição do repouso dominical ocorreu na França em 1814, quando o governo dos Bourbon aprovou uma lei para a “santificação do domingo”. A decisão só valeu até a ascensão, 16 anos depois, da monarquia burguesa de Luís Felipe I, que deixou de aplicar sanções aos que desrespeitavam o descanso no “dia do Senhor”. Em 1880, essas leis foram totalmente abolidas.
Embora iniciada por Leão IX, foi o papa Gregório VII que emprestou seu nome à chamada “reforma gregoriana”. Esse movimento intensificou a crítica à incontinência dos religiosos e passou a valorizar um clero inteiramente voltado à sua tarefa, sem relações familiares que pudessem afastá-lo dos interesses espirituais ou levá-lo a usurpar bens da Igreja para benefício de seus parentes.
O efeito desse recuo se fez sentir especialmente nas regiões industrializadas, nas quais operários sofreram com a perda do benefício e passaram a se organizar para reconquistá-lo. Essa luta levou à adoção de princípios que permanecem em vigor ainda hoje na França, além de inspirarem as legislações de vários outros países. O principal deles é o direito a um repouso de 24 horas após seis dias de trabalho.
Ainda assim, a escolha do dia de descanso ficava a cargo do empregador. Os católicos defenderam o caráter familiar do domingo, apoiados por alguns deputados de esquerda. Aproveitou-se também o fato de que o descanso das mulheres e crianças ocorria geralmente no sétimo dia. Em 13 de julho de 1906 foi votada, enfim, a lei que concedeu o repouso dominical. Conforme a medida ganhava força, passando a ser verdadeiramente aplicada só depois da Primeira Guerra, o “dia do Senhor” perdeu cada vez mais seu caráter religioso.
Longe de ser uma tradição que remete a tempos imemoriais, o direito ao lazer no domingo é recente e foi adquirido à custa de muita luta. Até quando?

O casamento de padres sempre foi proibido. FALSO!

Seguindo o exemplo de Jesus Cristo e de seus discípulos, os primeiros cristãos permaneceram celibatários. A Igreja impôs a regra a seus sacerdotes desde o princípio, certo? Errado!






Jesus Cristo jamais proferiu algo contrário ao casamento de religiosos, e alguns de seus apóstolos tiveram esposas e filhos. O judaísmo, crença da qual se originou o cristianismo, não impunha o celibato aos rabinos. Logo, a Igreja Católica também passou um longo tempo considerando aceitável a ordenação de homens casados.

Uma das primeiras tentativas de imposição do celibato aos padres fracassou no Concílio de Niceia, no ano 325. A reunião só conseguiu proibir o casamento depois da ordenação. Ao que tudo indica, porém, nem mesmo essa cláusula foi respeitada rigorosamente, já que vários clérigos do período viviam com suas companheiras e resistiram à nova regra. No século IV, por exemplo, bispos como Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa eram casados, e 39 dos papas tiveram esposas e filhos, que chegaram, em alguns casos, a suceder os pais.

Essa situação começou a mudar com a ascensão de vários monges a cargos de importância na hierarquia eclesiástica. A multiplicação das decisões papais, concílios e sínodos de bispos em defesa da obrigatoriedade do celibato mostra que a força política desse grupo, praticante da renúncia aos prazeres mundanos, alterou bastante a estrutura de poder da Igreja.

A disputa entre opositores e defensores do celibato se acirrou no século X, quando o Império Carolíngio sucumbiu e a Igreja passou a enfrentar dificuldades para impor suas normas aos clérigos. O afastamento das questões espirituais, a prática da simonia (venda de bens sagrados e de benefícios eclesiásticos) e os casos de nicolaísmo (incontinência dos padres que se casam ou vivem em concubinato) se tornaram mais frequentes. Uma reforma era necessária.


Em vários países, como Alemanha, França, Inglaterra e Espanha, essas decisões foram mal recebidas pelos clérigos locais, e o concubinato dos padres persistiu. No entanto, a população aderia cada vez mais às decisões papais e, ansiosa pela renovação de um clero corrupto e permissivo, rejeitava os religiosos que continuavam a ter uma amante ou a praticar atos condenáveis.

Assim, o desejo de um enquadramento melhor dos padres e de uma definição mais restrita de sua disciplina continuou a ganhar força. Os cânones dos concílios de Latrão II (1139), Latrão III (1179) e, finalmente, Latrão IV (1215) reiteraram a proibição ao concubinato dos padres e à ordenação de homens casados. Essas determinações têm sido rigorosamente aplicadas pela Igreja Católica até os dias atuais, a despeito do que fizeram os cristãos ortodoxos: para eles, a ordenação de homens casados continua sendo, a exemplo do que ocorria nos primeiros anos do cristianismo, uma prática perfeitamente aceitável.

Marco Polo descobriu a China. FALSO!

O viajante italiano foi o primeiro ocidental a visitar o país do Grande Khan e levar aos europeus as primeiras informações sobre a vida nas regiões do maior império do Oriente, certo? Errado!



Marco Polo


Essa história começou na primeira metade do século XIII, numa época em que os mongóis ainda faziam a Europa tremer. O filho de Gêngis Khan havia tomado Moscou em 1238, se apoderado das cidades de Kiev e Zagreb, na atual Ucrânia, invadido a Polônia e ameaçado até mesmo Viena. Essa série de vitórias só foi interrompida pela morte do soberano, já que as disputas por sua sucessão enfraqueceram a dinastia e forçaram os mongóis a recuar até a Ásia central.
Afastado o perigo, o Ocidente passou a enxergar as populações do Leste como aliados em potencial nas cruzadas contra o mundo islâmico, já que alguns asiáticos seguiam o credo nestoriano, variante do cristianismo surgida no século V e considerada herética pela Igreja de Roma. A primeira tentativa de aproximação ocorreu em 1244, quando o papa Inocêncio IV confiou ao monge franciscano Giovanni da Pian del Carpine e ao frei dominicano Ascelino de Cremona a missão de levar até o Grande Khan uma mensagem de desaprovação das destruições que ele provocara, convidando-o a aderir ao “bom caminho”, ou seja, ao cristianismo. O soberano oriental, irritado, respondeu dizendo estar pronto para reconhecer o papa, mas como seu vassalo.

Dois anos depois, quando Luís IX estava na ilha de Chipre liderando a Sétima Cruzada, um enviado mongol lhe propôs uma ação militar conjunta: enquanto os cristãos atacassem o sultão do Cairo, o império do Leste investiria contra o califado de Bagdá. Luís aprovou a ideia, mas o Grande Khan faleceu antes que a delegação francesa chegasse à sua corte para firmar o acordo, fazendo tudo voltar à estaca zero.

O rei da França decidiu nomear uma nova delegação, dessa vez confiada a Guilherme de Rubruck, para difundir os ensinamentos do Evangelho na Ásia e relatar tudo aquilo que pudesse observar. O religioso deixou Constantinopla em 1253 e levou 90 dias para percorrer os 3 mil km que o levariam a Karakorum, no norte do deserto de Gobi, onde residia o khan Mongke, quarto imperador mongol.

No dia 3 de janeiro de 1254, Guilherme de Rubruck finalmente chegou à corte do neto de Gêngis Khan, que pela primeira vez acompanhou a entrada de uma delegação ocidental na cidade. Depois da calorosa recepção, o franciscano participou de uma discussão entre muçulmanos, budistas e cristãos organizada pelo líder oriental, na qual percebeu que sua missão estava fadada ao fracasso: os mongóis não seriam convertidos.

Guilherme tomou o caminho de volta em 1255 e, não podendo encontrar-se pessoalmente com Luís IX, enviou-lhe o riquíssimo relato de sua viagem. Marco Polo só faria o mesmo 40 anos depois.

Cristóvão Colombo descobriu a América. FALSO !


Ele foi o primeiro europeu a chegar ao Novo Mundo e revelou aos homens de seu tempo a existência de um continente até então desconhecido. Certo? Errado!

por Antoine Roullet

Cristóvão Colombo


Oficialmente, o título de “descobridor da América” pertence ao navegante genovês Cristóvão Colombo, mas ele não foi o primeiro estrangeiro a chegar ao chamado Novo Mundo. Além disso, o próprio Colombo nunca se deu conta de que a terra que encontrou era um continente até então desconhecido.

A arqueologia já revelou vestígios da passagem dos vikings pelo continente por volta do ano 1000. Leif Ericson, explorador que viveu na região da Islândia, chegou às margens do atual estado de Maine, no norte dos Estados Unidos, no ano 1003. Em 1010 foi a vez de outro aventureiro nórdico, Bjarn Karlsefni, aportar nos arredores de Long Island, na região de Nova York. Além disso, alguns pesquisadores defendem que um almirante chinês chamado Zeng He teria cruzado o Pacífico e desembarcado, em 1421, no que hoje é a costa leste dos Estados Unidos.

Polêmicas à parte, Cristóvão Colombo jamais se deu conta de que havia descoberto um novo continente. A leitura de suas anotações de bordo ou de suas cartas deixa claro que ele acreditou até a morte que tinha chegado à China ou ao Japão, ou seja, às “Índias”. É o que o navegador escreveu, por exemplo, em uma carta de março de 1493.

Mesmo nos momentos em que se apresenta como um “descobridor”, Colombo se refere aos arredores de um continente que o célebre Marco Polo – do qual foi leitor assíduo – já havia descrito. Em outubro de 1492, depois de seu primeiro encontro com nativos americanos, o explorador fez a seguinte anotação em seu diário de bordo: “Resolvi descer à terra firme e ir à cidade de Guisay entregar as cartas de Vossas Altezas ao Grande Khan”. Guisay é uma cidade real chinesa que Marco Polo visitara. Nesse mesmo documento, Colombo escreveu que, segundo o que os índios haviam informado, ele estava a caminho do Japão. Os nativos tinham apontado, na verdade, para Cuba.

Suas certezas foram parcialmente abaladas nas viagens seguintes, mas o navegador nunca chegou a pensar que aportara em um novo continente. Sua quarta viagem o teria levado, segundo escreveu, à província de “Mago”, “fronteiriça à de Catayo”, ambas na China.

Apesar disso, Colombo revestiu seus relatos com um tom profético. “Estou convencido de que se trata do paraíso terrestre”, disse a respeito da foz do rio Orinoco, no território das atuais Colômbia e Venezuela. Quando voltou à Europa, ele chegou a redigir um “livro de profecias”, no qual juntou citações bíblicas a textos de cosmografia e de profetas medievais numa tentativa de, aparentemente, relacionar o Novo Mundo aos reinos míticos de Társis e Ofir, citados no Antigo Testamento. A obra não chegou a ser terminada.

Somente nos últimos anos de sua vida o genovês considerou a possibilidade de ter descoberto terras realmente virgens. Mas foi necessário certo tempo para que a existência de um novo continente começasse a ser aceita pelos europeus. Américo Vespúcio foi um dos primeiros a apresentar um mapa com quatro continentes. Mais tarde, em 1507, a nova terra seria batizada em homenagem ao explorador italiano. Um ano depois da morte de Colombo, que passou a vida sem entender bem o que havia encontrado.

Fernão de Magalhães deu a volta ao mundo? FALSO!

O navegador português comandou e planejou a expedição marítima que realizou a primeira circum-navegação do globo, no século XVI. Mas ele não chegou a completar o périplo.





Fernão de Magalhães (1480-1521) foi protagonista de uma das maiores aventuras do século XVI. Em busca de uma rota para o Oriente, o navegador português planejou e comandou a expedição que deu a primeira volta ao mundo. No entanto, Magalhães não conseguiu concluir o percurso: morreu no caminho.

Isso não diminui em nada o fato de que sua viagem, nas condições da época, tenha sido uma grande conquista. Segundo relato do italiano Antonio de Pigafetta (1480 ou 1491-1534), um dos únicos sobreviventes e historiógrafo da expedição, a aventura teve mais momentos de adversidades e milagres que de marcha vitoriosa.

As cinco caravelas de Magalhães – San Antonio, Victoria, Concepción, Santiago e Trinidad (capitânia) –, com seus 240 homens, zarparam de Sevilha em 10 de agosto de 1519 e conseguiram passar por Cabo Verde, sem obstáculos, no começo de outubro.

Depois de percorrer esse trajeto, clássico e conhecido, os perigos inerentes a todas as travessias oceânicas pareciam multiplicados por dez naquele começo do século XVI. Confrontados com uma terrível tempestade no Atlântico, os marinheiros não esperavam nada além da hora de perecer.

A salvação da expedição foi creditada às aparições de "são Telmo, santa Clara e são Nicolau", diante das quais os membros da tripulação "clamaram misericórdia", conforme relatou Pigafetta. O que ocorreu, efetivamente, foi que eles avistaram os chamados "fogos de Santelmo", um fenômeno atmosférico ligado à tempestade que produz halos de luz elétrica no alto dos mastros. No mês de março de 1520, Magalhães e seus homens aportavam para uma escala na baía de San Julián, então no Brasil (hoje Argentina).

Ao longo de cinco meses de invernada, surgiram insurreições. "Os comandantes dos outros navios tramaram uma traição contra o capitão-geral para tentar matá-lo", relata Pigafetta. Magalhães mandou decapitar Gaspar de Quesada, o capitão da #Concepción#, depois abandonou Juan de Cartagena, o antigo capitão da #San Antonio#.

Além dessas rebeliões, conforme a expedição avançava perdia navios. A embarcação #Santiago# naufragou enquanto explorava a costa da Patagônia. Os navios restantes seguiram pelo Pacífico e chegaram ao arquipélago de Saint-Lazare – atual Filipinas – em 27 de março de 1521. Foi nessa época que perderam Magalhães. Em 27 de abril, durante um contra-ataque de insulares, foi atingido no rosto por uma "lança feita de cana envenenada, que o matou subitamente", como relatou Pigafetta.

A #Concepción# seria incendiada em 3 de maio e, em 18 de dezembro, seria a vez da #Trinidad# afundar. Mas a pior calamidade ainda era a fome: "Nós só comíamos velhos biscoitos transformados em poeira e cheios de vermes, fedendo a urina de rato", escreveu Pigafetta. Com a fome, vinha a doença, principalmente o escorbuto.

Ao final da expedição, havia apenas um navio, o #Victoria#, com água entrando por todos os lados. Uma parte da carga de especiarias teve de ser jogada ao mar para que a embarcação seguisse mais leve. Em maio de 1522, a nau ultrapassaria o cabo da Boa Esperança. Dezoito de seus homens conseguiriam retornar a Sevilha. Sem Magalhães.

A Inquisição tinha poderes absolutos. FALSO!

Prisões arbitrárias, condenações sem julgamento e torturas: os inquisidores eram mais cruéis e autoritários que a justiça secular, certo? Errado!


Inquisição: morte de Giordano Bruno


Que imagens nos vêm à mente quando pensamos na palavra “Inquisição”? Confissões arrancadas sob tortura e o brilho das fogueiras expurgando os pecados de hereges. Em termos práticos, o Santo Ofício foi um tribunal da Igreja Católica romana, investido do direito canônico e encarregado de tomar decisões sobre os casos de comportamento contrário aos dogmas religiosos. Essa jurisdição excepcional representava, em meio à fragilidade dos tribunais eclesiásticos regulares, a autoridade do próprio papa.

Com a renovação do direito romano, já na Idade Média, a área de atuação dos procedimentos inquisitoriais foi sendo gradualmente alterada. Em um primeiro momento, durante os séculos XII e XIII, seu objetivo foi preservar a disciplina eclesiástica; em seguida, a Igreja passou a se servir da repressão na luta contra as heresias, mas de uma maneira diferente daquela que costumamos imaginar.

Os castigos aplicados pela instituição, por exemplo, eram reproduções das punições já instituídas pelo poder temporal, que em geral se encarregava de condenar e queimar os hereges, as feiticeiras ou os sodomitas. Em uma sociedade na qual imperava a fé, é de supor que os poderes civis se apropriassem, na tentativa de combater a desordem social ou os inimigos públicos, das prerrogativas religiosas.

Os procedimentos do tribunal eclesiástico eram tão rudimentares quanto os da autoridade civil da época. Algumas vezes, eram até mais progressistas: um notário transcrevia todos os debates, e os acusados não ficavam presos durante todo o inquérito, podendo recusar determinado juiz ou apelar para Roma contra alguma decisão do tribunal. Os que confessavam seus erros recebiam uma penitência religiosa – a fustigação pública durante a missa, a responsabilidade de cuidar de um pobre, o confisco dos bens, o exílio ou a peregrinação. Caso contrário, eram excomungados.

O recurso da tortura, muito comum nos tribunais seculares, não foi uma constante na Inquisição: a instituição recorreu muito raramente a esse procedimento. Ao todo, menos de 10% dos julgamentos envolveu a agonia física dos acusados. Com a imposição de uma regra que proibia os eclesiásticos de derramar qualquer gota de sangue dos réus, várias das confissões obtidas sob tortura perderam sua validade. Ao fim e ao cabo, o tribunal religioso condenou pouco.

Ou seja: o aparelho repressor da Inquisição foi bem menos implacável do que o civil. Por que, então, mantemos essa imagem tão sombria do Santo Ofício?

A memória coletiva acabou retendo o episódio da cruzada contra os albigenses, lançada pelos grandes barões do norte da França para acabar com a heresia dos cátaros no sul do país entre 1208 e 1249. Mas foi, sobretudo, o fanatismo do inquisidor espanhol Tomás de Torquemada, no século XV, que marcou definitivamente o espírito do Ocidente europeu. Então vieram a Reforma protestante do século XVI, o antipapismo da Igreja Anglicana, a luta do iluminista Voltaire contra o obscurantismo e, finalmente, o anticlericalismo dos séculos XIX e XX: um conjunto de elementos que pintaram um quadro tenebroso e distorcido da Inquisição. E essa é a imagem que ainda repousa na mentalidade de nosso tempo.

Fonte: História Viva
Imagens: Internet